Boris Johnson aguarda decisão da União Europeia sobre extensão do prazo para o Brexit enquanto pede eleições antecipadas.
A falta de consenso no parlamento britânico, no que diz respeito acordo para o Brexit, levou Boris Johnson a tomar decisões. Oferece mais tempo aos deputados para estudarem o acordo feito com Bruxelas mas avisa que quer que estes concordem com eleições antecipadas, a 12 de dezembro, até porque a situação não pode continuar como está.
Para já, o que é certo, é que o primeiro-ministro aceitou pedir a inevitável nova extensão do Brexit, previsto para 31 de outubro:
"Tivemos três anos e meio para discutir isto. Estamos a ser muito razoáveis, estamos a dizer: "se querem, realmente, mais tempo, podem tê-lo", mas a condição para isso é todos concordamos em ir para eleições gerais no dia 12 de dezembro, porque não me parece que as pessoas deste país acreditem que o parlamento o fará dentro desse prazo, porque passaram três anos e meio sem fazê-lo, por isso vamos fazê-lo e sair da UE", explicou Johnson.
O líder dos Trabalhistas, Jeremy Corbyn, um eurocético no seio de um partido que é, maioritariamente, contra o Brexit, prefere para já, esperar pela resposta da UE ao pedido de extensão. A resposta deverá chegar esta sexta-feira. Sobre as eleições antecipadas a posição é clara:
"Retire o "não acordo" de cima da mesa e apoiamos, em absoluto, as eleições. Desde as últimas eleições que peço outras, porque este país precisa de alguém para lidar com as questões de injustiça social, mas o "não acordo" deve ser retirado da equação", afirmou Corbyn.
Na sexta-feira, os 27 líderes da UE deveriam decidir, e provavelmente conceder, uma extensão do Brexit até 31 de janeiro.