Eleições acentuam bloqueio espanhol

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Quem pode afinal governar numa Espanha que coloca em evidência Socialistas e extrema-direita?

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Não foi desta que os espanhóis tiveram uma resposta clara sobre quem vai governar o país. Na verdade, estas eleições legislativas tornaram o impasse político ainda mais complexo.

Novas eleições, o mesmo vencedor e, sobretudo, o mesmo bloqueio. Na verdade, o dilema político espanhol parece até ter-se agravado. Se os Socialistas obtiveram um resultado idêntico ao de abril, com menos três assentos, a extrema-direita do Vox alcançou números históricos: 52 deputados, o terceiro partido mais votado a seguir aos Populares, com 88 mandados.

O Unidas Podemos continua o trajeto descendente, perdendo sete lugares. E depois, o colapso do Cidadãos foi tal que Albert Rivera abandona não só a liderança do partido, como a vida política.

Numa Espanha onde o desgaste do eleitorado se tornou num elemento determinante, o voto polarizou-se, deslocando-se para a direita da direita tradicional ou para partidos nacionalistas. Mas Pedro Sánchez assegura que, desta vez, tem de sair um acordo.

"O meu compromisso é garantir um sim, sim ou sim. Vamos conseguir um governo progressista e vamos desbloquear a situação política do país. Lançamos este apelo a todos os partidos políticos, exceto aqueles que se excluem eles mesmos da convivência e têm um discurso de ódio e antidemocrático", declarou Sánchez.

A meta dos 176 assentos que dão a maioria parlamentar seria muito simples com um bloco central: Socialistas e Populares juntos. Só que, dessa forma, seria o Vox assumir o leme da oposição. E isso o PP não aceita.

Pablo Casado celebrou obtenção de mais 22 mandados para o PP

"Antes de mais, vamos ser muito exigentes com o Partido Socialista. Vamos ver o que propõe Pedro Sánchez. E depois assumiremos as nossas responsabilidades, porque Espanha não pode continuar bloqueada", afirma Pablo Casado, líder dos Populares.

Como sempre, há vários cenários em cima da mesa: uma grande coligação de esquerdas, com o apoio dos Cidadãos e do Partido Nacionalista Basco, por exemplo, contornando a Esquerda Republicana da Catalunha. Qualquer hipótese que se confirme neste momento deixa em aberto uma questão: a da governabilidade de Espanha.

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