Ministério Público abriu 17 mandados de captura, mas muitos dos suspeitos já terão fugido do país
Pelo menos nove pessoas foram detidas no sábado, na Albânia, sob suspeita de terem responsabilidade em algumas das mais de 50 pessoas mortas na sequência do forte sismo de magnitude 6.4 que abalou o país em novembro.
Dois dos detidos são donos de hotéis que colapsaram, nos quais, morreram quatro pessoas.
Uma outra detinha um hotel habitualmente usado pela polícia, onde morreu um oficial soterrado pelos destroços do edifício.
Os dois complexos situavam-se junto à linha de água do Mar Adriático, em Durres, a segunda maior cidade do país.
Ao todo, o Ministério Público da Albânia abriu 17 mandados de captura, alguns com acusações de assassinato, relacionados com as consequências do sismo.
A investigação inicial à tragédia mostrou fortes indícios de que as mortes nos edifícios colapsados podem ter ficado a dever-se ao facto de os respetivos construtores, os engenheiros e os próprios donos terem sido negligentes e ignorado as normas de segurança nas construções.
Após o fim do comunismo, a Albânia foi palco de uma corrida desenfreada na construção de novos edifícios com escassa supervisão das autoridades.
Ambos os hotéis, cujos donos estão detidos, foram construídos ilegalmente, revelou a polícia, acrescentando que boa parte dos 17 suspeitos agora com mandados de captura terão saído do país após o sismo de 26 de novembro.