Sismo faz mais de duas dezenas de mortos em cidades albanesas

O esforço para encontrar sobreviventes, do sismo na Albânia, continua. O número de mortos, na sequência do tremor de terra de 6,4 na escala de Richter, da madrugada de terça-feira, ultrapassa as duas dezenas. Há pessoas ainda presas sob os escombros. Outras conseguiram ser resgatadas. Há mais de uma centena de feridos.
Eram cerca das 4h da manhã, uma hora a mais do que em Lisboa, quando a terra tremeu. O terramoto mais poderoso que atingiu a Albânia nos últimos 30 anos, abalou a capital Tirana, o oeste e norte do país.
"O terramoto cortou a eletricidade, não conseguíamos ver nada, desmoronou tudo", adianta um residente de um dos locais mais atingidos.
O epicentro deste sismo localizou-se a 10 quilómetros da cidade portuária de Durres, não muito longe da capital albanesa. Durres e Thumane foram as áreas mais atingidas. Destruiu edifícios e criou uma onda de pânico até porque se seguiu cerca de uma centena de réplicas. Os médicos nos hospitais não têm mãos a medir:
"Têm, principalmente, lesões na cabeça e nos membros. Estão sob intensa supervisão desde que chegaram aqui. Outras pessoas tiveram ferimentos ligeiros. Todos receberam o tratamento necessário e deixaram o hospital", explica o médico chefe do Hospital Universitário de Traumatologia, Arben Zenelaj.
No terreno esperava-se a chegada de profissionais e equipamento especializado enviados pela NATO, Itália, Roménia, Turquia, Grécia Croácia e Sérvia. O Kosovo, país vizinho, já enviou ajuda.
Localizada ao longo dos mares Adriático e Jónico, entre a Grécia e a Macedónia, a Albânia é alvo de atividade sísmica regular mas o anterior tremor de terra mais violento, em 1979, não fez vítimas mortais.