Juíz cipriota atribuiu 4 meses de pena suspensa. Jovem mantêm inocência e diz que foi violada, mas obrigada depois a retirar queixa durante interrogatório policial
Um tribunal cipriota atribuiu uma sentença de quatro meses de pena suspensa a uma jovem britânica de 19 anos, acusada de má conduta por mentir acerca de uma alegada violação, cometida por uma dezena de cidadãos israelitas.
A jovem, não identificada, insiste que foi violada num quarto de hotel de uma estância balnear da ilha a 17 de Julho e que foi obrigada a assinar uma retratação dez dias mais tarde, durante um interrogatório policial. O advogado Lewis Power QC já afirmou que vai recorrer da sentença:
"Ela mantêm-se inflexível a respeito da sua inocência e do facto de que disse a verdade. E, apesar de agradecermos hoje o facto de que a sentença imposta lhe permite ir para casa, contestamos fortemente a condenação e a luta pela sua inocência vai continuar. Posso dizer que vamos recorrer da sentença e vamos levar este caso ao Supremo Tribunal de Chipre. E estamos preparados para lutar por este caso até ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos."
Os investigadores cipriotas defendem que a jovem mentiu por "vergonha", ao descobrir que uma relação sexual com um suposto namorado israelita tinha sido filmada por vários amigos deste último.