Comunidade internacional reage ao novo coronavírus

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Cientistas recriam o vírus para fins medicinais, países fecham fronteiras e repatriam cidadãos, empresas cortam ligações com a China. Assim responde o mundo ao novo coronavírus.

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O governo francês está alerta. Com a propagação do novo coronavírus, o executivo está a pôr em cima da mesa um pacote de medidas para controlar a transmissão da doença.

Com cinco casos de infeção confirmados no país, França enviou, esta quarta-feira, para Wuhan, o primeiro avião com vista a repatriar cidadãos nacionais retidos na China.

De acordo com a ministra francesa da Saúde, "o voo trará de volta a França, esta sexta-feria, cerca de 200 pessoas, que, no local, não apresentaram sintomas". Os passageiros serão então "transferidos para um espaço onde vão estar confinadas por 14 dias, sem contacto com o exterior".

Ainda a pedido de França, a União Europeia acionou o Mecanismo de Proteção Civil, de forma a permitir mais resgates e a recolha e partilha de dados sobre a disseminação do vírus entre os Estados Membros.

Enquanto isso, a Organização Mundial de Saúde pede ao mundo mais vigilância, tendo já elogiado a China pela resposta à contenção do surto.

O diretor do Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, alertou, em conferência de imprensa, para a necessidade de todo o mundo "tomar medidas e estar preparado para todos os casos que surgirem, no epicentro original, ou noutros epicentros que sejam estabelecidos".

Na Austrália, cientistas do Instituto Peter Doherty de Infeção e Imunidade, com sede em Melbourne, conseguiram recriar em laboratório o novo coronavírus. A descoberta pode vir a permitir o desenvolvimento de um diagnóstico atempado.

"Tudo isto vem aumentar a resposta global a uma iniciativa de saúde pública. E é uma componente realmente importante dessa resposta, porque aparentemente, até agora, nenhum vírus saiu da China e as pessoas tiveram dificuldade em cultivá-lo", afirmou Julian Druce, chefe do instituto.

Para evitar a epidemia, o mundo está a fechar-se à China. Mongólia e Rússia encerraram as fronteiras terrestres, companhias aéreas, como a Lufthansa e a British Airways cancelaram os voos para o país, multinacionais fecharam as portas por tempo indefinido.

Também o desporto está a ser afetado, com a suspensão de alguns eventos internacionais. O campeonato do mundo de atletismo de pista coberta poderá estar em causa e algumas provas de qualificação para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 foram já sujeitas a alterações.

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