Coronavírus infeta navio e impõe quarentena a mais de 3700 pessoas

Pessoas infetadas pelo coronavírus deixam navio-cruzeiro a caminho do hospital
Pessoas infetadas pelo coronavírus deixam navio-cruzeiro a caminho do hospital Direitos de autor Kyodo News via AP/ Hiroko Harima
De  Francisco Marques com AP, AFP
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O cruzeiro "Diamond Princess" está retido ao largo de Yokohama, no Japão, após a confirmação de dez casos a bordo. Portugal, África e América do Sul continuam a salvo

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O navio cruzeiro "Diamond Princess", com mais de 3.700 pessoas a bordo, foi colocado de quarentena ao largo de Yokohama, no Japão, após a confirmação de 10 casos de coronavírus a bordo.

Ao início da manhã, no Japão (ainda noite de terça-feira em Portugal), as autoridades nipónicas revelaram ter efetuado testes a mais de 270 pessoas que se encontravam a bordo, entre 2.666 passageiros e 1.045 membros da tripulação.

As análises foram efetuadas a quem apresentava sintomas ou tinha estado em contacto com um passageiro diagnosticado com o coronavírus após ter deixado o navio em Hong Kong.

"Das pessoas testadas, recebemos os resultados de 31. Dessas, dez confirmaram a infeção de coronavírus", revelou o ministro da Saúde do Japão, Katsunobu Kato.

Não muito longe, na Austrália, outra confirmação em relação ao cruzeiro retido no Japão.

"Dos australianos a bordo, dois tiveram resultado positivo no teste ao coronavírus e serão levados para instalações médicas japonesas para tratamento", afirmou Marise Payne, a ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália.

Em Hong Kong, entretanto, há outro navio cruzeiro retido com mais de 3600 pessoas a bordo para despistar a eventual contaminação por coronavírus.

O surto continua a alastrar-se embora a ritmo mais lento após as medidas de prevenção internacional resultados da declaração de Emergência de Saúde Pública Internacional pela Organização Mundial de Saúde.

Da China, epicentro da epidemia e onde ocorreram a larga maioria de mortes relacionadas a esta nova pneumonia viral, há entretanto algumas boas notícias.

Até terça-feira à noite, já estavam recuperados quase 900 pacientes chineses que haviam contraído o coronavírus.

A Coreia do Sul também anunciou esta quarta-feira ter dado pela primeira vez alta a um paciente, um homem de 55 anos, que havia contraído o coronavírus após ter estado em Whuan, a cidade chinesa epicentro da epidemia. O paciente sul-coreano estava em tratamento desde 22 de janeiro.

Portugal ainda a salvo

Na Europa, continuam as operações de repatriamento. O Reino Unido anunciou estar a aguardar para domingo a chegada do último de três de voos de resgate de cidadãos britânicos desde Wuhan.

No balanço de vítimas, a Bélgica tornou-se terça-feira no oitavo país europeu a confirmar um caso de coronavírus.

Portugal despistou, entretanto, mais dois casos suspeitos e, tal como os continentes africano e sul-americano, mantém-se livre da epidemia que já fez 493 mortos e infetou mais de 24 mil pessoas em todo o mundo.

As vítimas mortais ocorreram na larga maioria (491) no território continental da China, uma na região chinesa de administração especial de Hong Kong e outra na Filipinas.

Outras fontes • NHK, Xinhua, Yonhap, BNO News

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