O eleito pelo Partido Democrático Liberal conseguiu vencer com o apoio da CDU e da extrema-direita, união desaprovada por Angela Merkel
O novo líder regional do estado da Turíngia , na Alemanha, cedeu à pressão e decidiu afastar-se do cargo. Thomas Kemmerich, do Partido Democrático Liberal, foi eleito há pouco mais e 20 horas com a ajuda da CDU - partido de Angela Merkel - e da extrema-direita.
A chanceler alemã pediu para que a nomeação fosse anulada.
"Queremos realizar novas eleições para remover o estigma do apoio do Alternativa para a Alemanha.", disse Thomas Kemmerich perante os jornalistas. "Os Democratas Livres vão continuar a lutar por uma mudança de política e contra os extremos da direita e da esquerda. Cooperação com o Alternativa para a Alemanha não existe e não existirá.", concluiu.
Também o líder do Partido Democrático Liberal falou com os jornalistas sobre o caso.
"Depois das decisões aqui em Erfurt, sou capaz de continuar no meu cargo de presidente. Mas quero garantir a legitimidade do meu comité executivo e, portanto, haverá um voto de confiança no executivo do partido amanhã em Berlim".
A notícia do envolvimento da extrema-direita e da CDU foi razão para várias manifestações na Alemanha e chegou rapidamente a África do Sul, onde estava Angela Merkel, de visita.
A chanceler classificou a polémica como "um ato imperdoável."
Depois de 24h de turbulência, o presidente do Partido Liberal Democrada pediu à CDU apoio para estas novas eleições.
Bodo Ramelow, ex-líder da Turíngia, é apontado, pelo próprio partido, como disponível para substituir Thomas Kemmerich.