Covid-19 provoca as primeiras mortes entre cidadãos europeus

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De  Francisco Marques
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Um italiano, em Pádua, na sexta-feira à noite, e uma mulher, na Lombardia, já este sábado, não resistiram ao novo coronavírus. OMS cada vez mais preocupada com África

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O novo coronavírus fez em Itália as primeiras mortes entre cidadãos europeus e o rápido aumento de casos motivou uma reunião de emergência do Governo liderado por Giuseppe Conte.

A primeira vítima mortal, registada sexta-feira à noite, foi um italiano, de 78 anos, identificado como Adriano Trevisan. Era uma das duas pessoas confirmadas como portadoras do vírus em Pádua, na região de Veneto.

A outra vítima é uma mulher declarada morta já este sábado na Lombardia.

Há ainda mais de 25 casos confirmados em Itália, onde este sábado chegaram os 19 italianos que estavam a bordo do cruzeiro "Diamond Princess", que está ancorado no Japão há mais de duas semanas em quarentena devido aos mais de 600 caso

Os passageiros do cruzeiro agora repatriados a Itália vão ser colocados em nova quarentena, agora no Centro Desportivo do Exército, em Cecchignola, a sul de Roma.

O primeiro-ministro revelou entretanto o novo plano preventivo já colocado em marcha pelo Ministério da Saúde de Itália.

"Uma quarentena de isolamento obrigatória para todas as pessoas que tenham estado em contacto com os pacientes com resultados positivos confirmados nos testes [de Covid-19]", afirmou Giuseppe Conte.

OMS preocupada com África

Em Genebra, na Suíça, a Organização Mundial de Saúde mostra-se também preocupada com a rápida propagação do novo coronavírus, em particular pelo Médio Oriente, e com a entrada a África, onde existe já o registo de um caso confirmado de Covid-19, no Egito: um homem de 33 anos.

"Estamos preocupados com o número de casos sem uma clara ligação epidemiológica. Seja através de um histórico de viagens à China, seja pelo contacto com casos já confirmados. Estamos também preocupados com o aumento de casos no Irão", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ainda antes de o balanço iraniano ser revisto para 28 casos de infeção e cinco mortos.

O organismo internacional apoiado pelas Nações Unidas salienta que apenas 2% dos casos deste novo coronavírus se revelam fatais e, sobretudo, nos pacientes de idades mais avançadas, mas ainda assim recomenda muito cuidado para evitar o contágio.

A OMS apela também a uma maior investigação para se perceber porque as crianças parecem revelar maior imunidade ao vírus e salienta a crescente preocupação perante a epidemia.

"Alguns países africanos, incluindo a República Democrática do Congo, estão a adaptar a respetiva capacidade que desenvolveram nos testes de ébola para testar agora também o Covid-19. Este é um grande exemplo de como o investimentos nos sistemas de saúde pode gerar dividendos na segurança sanitária", salientou o diretor-geral da OMS.

Médio Oriente em alerta

O Iraque também começa a revelar inquietação perante a situação no país vizinho e já está a impor medidas de prevenção nos aeroportos, sobretudo para os passageiros oriundos do Irão.

O Iraque não ainda tem qualquer caso confirmado de coronavírus, mas o receio aumenta depois de também os vizinhos a oeste, Israel e Líbano, terem confirmado esta semana os primeiros casos de infeção.

Em termos globais, existem mais de 77 mil casos confirmados de infeção por todo o mundo, incluindo 2.360 mortes. A Coreia do Sul, com 346 casos confirmados, incluindo duas mortes, é o país com a maior presença de Covid-19 no território.

O Japão tem apenas 110 casos confirmados em terra, mas há ainda a referir os 634 casos registados a bordo do navio cruzeiro "Diamond Princess", ancorado em quarentena no porto de Yokohama.

Depois de a França ter sido o primeiro país europeu a registar um caso de infeção e a primeira morte, um cidadão chinês de 80 anos, Itália é agora o país europeu com mais casos confirmados, 29, entre os quais duas mortes e seis pessoas em estado grave.

Outras fontes • OMS

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