Alerta de colapso no setor da aviação civil

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Direitos de autor TORSTEN SILZ/AFP
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Restrições e redução drástica da procura levam companhias a cortar massivamente no número de voos, comprometendo milhares de postos de trabalho.

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É o pior dos cenários, em fundo de alarme, mas não deixa de ser um apelo à ação. A maior parte das companhias aéreas pode abrir falência em breve, segundo o alerta lançado pelo centro especializado CAPA, que atira este cenário para o final de maio, caso governos e setor da aviação civil não tomem medidas conjuntas imediatamente.

Olhemos para os números: o grupo Air France-KLM anunciou o corte de 70% a 90% dos voos programados para os próximos dois meses. A Lufthansa, o cancelamento de mais de 30 mil trajetos até ao final de abril. A British Airways-Iberia, a redução de 75% de lugares até ao fim do mês de maio.

Só estes três anúncios colocam em causa dezenas de milhares de postos de trabalho, sendo que, no caso da transportadora francesa, podem estar mesmo em risco três quartos de cerca de 40 mil empregos.

O presidente da TAP já declarou uma crise "sem paralelo". Nas companhias de baixo custo, mais aviões em terra: Ryanair olha para cortes na ordem dos 80% e admite ser obrigada a deixar toda a frota parada. A Easyjet anuncia mais e mais cancelamentos, mas garante que continua a proceder a voos de repatriamento por agora.

O grupo Virgin solicitou ao governo britânico ajudas urgentes na ordem de mais de 8 mil milhões de euros, de forma a evitar um colapso imediato. A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) fala já em perdas no setor de, pelo menos, 100 mil milhões de euros em 2020.

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