Estados de emergência não aliviam situação em Itália e Espanha. França limita o convívio social ao máximo e Alemanha fecha fronteiras com países vizinhos
Com o número de mortos relacionados com o surto de Covid-19 a ser já maior fora da China, Itália destaca-se agora como o novo epicentro de maior gravidade da pandemia.
A "bota" transalpina soma quase 25 mil casos de infeção e as mais de 1800 mortes sofridas com ligação ao novo coronavírus representam quase um terço das fatalidades a nível mundial.
Itália está em quarentena a nível nacional e o Governo trabalha em contrarrelógio contra o Covid-19.
Em Espanha, o governo de Pedro Sanchez determinou o estado de emergência por 15 dias e impôs um recolher obrigatório a partir desta segunda-feira.
Viajar em Espanha só em caso de emergência e as fronteiras foram fechadas aos turistas, numa medida também replicada nas fronteiras terrestres em Portugal, onde ainda não há mortes, mas os casos de infeção já ultrapassam os 330.
Em França, o governo decidiu limitar tanto quanto possível o convívio social e ordenou sábado à noite o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais considerados não essenciais como bares e restaurantes.
O presidente Emmanuel Macron prometeu para esta segunda-feira à noite um ponto da situação num país já com cerca de 5.500 casos de infeção e 130 mortos relacionados com a pandemia.
A Alemanha, por fim, com mais de 5.800 casos de infeção e uma dezena de mortos, fechou esta segunda-feira as fronteiras terrestres com França, Áustria e Suíça.
Para terça-feira está prevista uma reunião extraordinário de líderes da União Europeia, por videoconferência, para os "27" decidirem os próximos passos na luta contra o surto de Covid-19.
Uma das novas medidas a sair deste Conselho Europeu poderá ser o fecho das fronteiras externas, proposto esta segunda-feira pela presidente da Comissão Europeia.