Da saúde à economia, os países europeus tentam encontrar medidas para travar os efeitos da covid-19.
Espanha vai parar todas as atividades económicas não essenciais até 9 de abril, depois de dois dias seguidos a registar o maior aumento do número de mortes por causa da covid-19.
A medida contempla que os empregados fiquem em casa durante 11 dias a receber o salário por inteiro. Após esse período, fica estabelecida uma compensação gradual do patronato, até ao final do ano, respeitando as horas de descanso.
O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez, este domingo. De acordo com a ministra espanhola do Trabalho, Yolanda Diaz, a medida tem uma única função, a de "achatar a curva de contágio da doença".
As medidas económicas para fazer face à crise multiplicam-se. Apesar das reticências da Alemanha e da Holanda, nove países da União Europeia defendem a solidariedade orçamental entre os 27 e pedem a emissão de dívida comum.
Entre eles Itália. O primeiro-ministro Giuseppe Conte afirmou este fim de semana não querer "ficar para a História como alguém que não fez nada" e "estar disposto a "lutar até ao fim" para garantir "uma resposta forte e coesa" da Europa para fazer frente à crise.
É na crise sanitária que a solidariedade é mais evidente. Pacientes infetados das zonas mais críticas de Itália foram acolhidos pela Alemanha, doentes franceses foram transportados para a Suíça.
Já no Reino Unido, com o número de mortes associadas à covid-19 a crescer de forma exponencial, o governo anunciou que a quarentena está para durar. A estimativa é de voltar à normalidade só daqui a seis meses.
O governo já alertou os britânicos para se prepararem para o pior que ainda está para vir, mas alguns britânicos ainda não assimilaram a mensagem e continuam a vida como dantes.
Em Portugal, após duas semanas de quarentena voluntária, o grande desafio agora são as férias.
As autoridades estão na rua, as estradas têm sido bloqueadas. Este ano, apelam, a Páscoa é para ser celebrada à distância.