Faltam visitantes, faltam as multidões, mas os animais continuam lá... responsáveis de jardins zoológicos pedem 100 milhões de euros a Merkel.
Numa altura de isolamento generalizado, vários responsáveis de jardins zoológicos na Alemanha escreveram uma carta conjunta a pedir ajuda ao governo de Angela Merkel.
Concretamente, pedem um apoio imediato no valor de 100 milhões de euros para fazer face às despesas inerentes à manutenção dos animais perante o desaparecimento das receitas de entradas. Alguns dos espaços anunciam perdas de meio milhão de euros por semana. E os tratadores sublinham que a falta de interação dos animais com os humanos tem consequências.
Thomas Kauffels, diretor do Opel Zoo, perto de Frankfurt, aponta que há animais, "como o mangusto-anão ou os suricatas, que costumam ignorar as pessoas" e que agora verifica-se exatamente o oposto.
O Jardim Zoológico de Londres abriu ao público em 1847. Foi encerrado durante a Segunda Guerra Mundial, mas abriu portas assim que possível porque, salientava-se na altura, visitá-lo ajudava a animar as pessoas.
Jessica Courtney-Jones, uma das tratadoras desta estrutura, realça o quão ensurdecedor chega a ser o silêncio num espaço que costuma estar preenchido por multidões.