Tribunal "obriga" Amazon a encerrar centros de distribuição em França

Tribunal "obriga" Amazon a encerrar centros de distribuição em França
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A Amazon anunciou que o risco de sofrer multas diárias de um milhão de euros por dia é demasiado grande, depois de um tribunal ordenado que as vendas se limitassem a produtos de primeira necessidade.

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Até terça-feira a gigante de vendas na internet Amazon vai ter a atividade em França paralisada. A empresa decidiu encerrar temporariamente os seis centros de distribuição depois de um tribunal ter ordenado a paralisação serviços com exceção da comercialização de bens essenciais. ,

Alimentação, higiene, e produtos de saúde podem ser distribuídos, outros produtos desencadeiam multas de um milhão de euros por ida.

A Amazon anunciou que o risco de ser multada é grande por isso decidiu suspender a atividade. O sindicato que avançou com a queixa não está surpreendido.

"Ao nível da comunicação, a Amazon coloca pressão nos trabalhadores, coloca-os contra a opinião publica ao dizer: olhem para eles, não querem trabalhar, não querem entregar o que é pedido nestes tempos de escassez quando, claro, aquilo que é preciso é limitar a aquilo que é essencial", argumenta Stéphane Enjalran, porta-voz da União Sindical Solidária.

Amazon não estava a fazer o necessário para proteger funcionários, diz tribunal

O tribunal de Nanterre também deu razão ao sindicato no argumento de que a Amazon não estava a fazer suficiente para proteger da Covid-19 os trabalhadores. Um empregado encontra-se nos cuidados intensivos, vários foram diagnosticados com a doença e muitos outros são suspeitos de estarem infetados.

Enquanto a empresa trabalha no sentido de reforçar as medidas de proteção, 10 mil funcionários vão ficar em casa com os salários pagos por completo pela Amazon.

"É natural, normal, uma decisão lógica porque a Amazon tem largamente os meios para o fazer. Uma empresa como a Apple não hesitou em fazê-lo. Ainda para mais, os trabalhadores estiveram expostos durante semanas e para nós seria um escândalo se a Amazon não fizesse o mesmo", explica ainda o porta-voz.

A Amazon chegou a indicar que equacionava recorrer da decisão, mas voltou atrás depois de um comité social e económico se ter pronunciado contra. As encomendas da Amazon em França deverão sofrer atrasos.

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