Falta de equipamento de proteção é um ponto crítico no Reino Unido. Em França, 800 mil multas passadas por violação das regras do bloqueio.
França
O Mercado histórico da rua Mouffetard, em Paris, esteve cheio. Apesar do cenário aparentemente "normal" a vida em França não vai voltar a a ser como era tão cedo.
Vários países europeus já marcaram uma data, para levantar o confinamento e apontam para o mês de maio. Mas o primeiro-ministro Edouard Philippe recusa-se a dar pormenores sobre o muito debatido plano do presidente Emmanuel Macron de reabrir as escolas a partir do dia 11 de maio. Os cidadãos do país devem esperar por novidades daqui a duas semanas. É preciso ajustar medidas.
Os últimos números dão conta da perda de 395 vidas. O primeiro-ministro de França citou ainda um número impressionante de controlos policiais: 13,5 milhões e 800 mil multas passadas por violação das regras do bloqueio.
Reino Unido
A última comunicação do governo do Reino Unido também é cautelosa e avança um cenário preocupante.
Os números dão conta de 395 mortes. Ainda não se sabe quando será instaurada a segunda fase de resposta à pandemia ou a data de reabertura das escolas, disse o secretário de Educação, Gavin Williamson.
Será preciso proteger os cidadãos e o Serviço Nacional de Saúde e o número de mortes e a taxa de infeções deve diminuir primeiro. A falta de equipamento de proteção nos hospitais é um ponto crítico, numa altura em que as alas de emergência estão a abarrotar com pacientes. O pessoal de saúde denuncia a situação e desespera.
Itália
Em Itália, o debate agora é outro e gira em torno da "fase 2" e se deve ser implementada a nível nacional ou regional - concentrada nas regiões do norte mais atingidas.
O Primeiro-Ministro do país, Giuseppe Conte, vai ouvir as conclusões de um grupo de trabalho para depois tomar decisões.
Para alguns elementos do governo, a extensão das medidas mais rígidas do confinamento para além do dia do 3 de maio parece pouco viável, mas a descoberta de um novo ponto crítico de casos positivos de Covid-19, num lar de idosos de Campagno, continua a dar motivos de preocupação ao país.