Incerteza paira sobre o 1º de maio em Atenas

Incerteza paira sobre o 1º de maio em Atenas
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Apesar das regras impostas devido à pandemia de Covid-19, centenas de gregos saíram à rua, num 1º de maio que volta a ser marcado pela incerteza relativa ao futuro.

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Na Grécia o Dia do Trabalhador volta a ficar marcado pela incerteza relativa ao futuro. E nem as restrições, implementadas devido à pandemia de Covid-19, impediram centenas de trabalhadores e estudantes de se manifestarem, no exterior do parlamento. Um desafio às regras impostas mas, ainda assim, respeitando as relativas à proteção individual e coletiva.

Uma participante no protesto, Cristina Skaloubaca, explica que esta é uma forma de honrar "as lutas da classe trabalhadora" e que "o vírus mais mortal é o da exploração e da opressão". O "tratamento mais eficaz", acrescenta, "é a luta pelos direitos" dos trabalhadores gregos.

Um dos correspondentes da euronews em Atenas, Michalis Arampatzoglou, diz que as medidas de distanciamento social, no meio da pandemia, foram mais ou menos respeitadas nesta manifestação, também sindical, na capital grega e que marca o 1º de maio. E refere que os trabalhadores, que sofreram e fizeram grandes sacrifícios nos 10 anos de crise no país, sentem-se, agora, apreensivos em relação ao "futuro e à crise que se avizinha".

Outra manifestante, Sofia Theodoropoulou, confirma-o, diz que sabe que "dentro em breve, centenas de milhares de colegas estarão desempregados e podem estar a viver abaixo do limiar da pobreza".

Yanis Varoufakis, antigo ministro das Finanças grego no governo de Alexis Tsipras - que criticou, numa entrevista à rádio portuguesa TSF, o pacote europeu de 500 mil milhões para combater a crise provocada pela pandemia, dizendo que ditará o fim do euro - lança acusações ao executivo conservador grego.

Varoufakis, que é o fundador do movimento Diem 25, diz que o silêncio do primeiro-ministro, no parlamento grego, confirmou que vem aí "uma nova vaga de austeridade, gigantesca, que levará a cortes nas pensões e nos salários". O 1º de maio, referiu ao correspondente da euronews, "é o dia certo para que as pessoas se manifestem, antecipadamente, em relação à nova fase do socialismo, para muito poucos e a austeridade cruel para muitos".

As restrições, impostas em março, começam a ser, gradualmente, levantadas. Na próxima segunda-feira, retoma a atividade parte do comércio.

O governo conservador, que prometeu ajudar os trabalhadores a superar a crise, espera que o retomar da economia não desencadeie uma nova onda de infeções pelo novo coronavírus.

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