Organizações sindicais vivem 1º de maio em confinamento

Access to the comments Comentários
De  Nara Madeira
Organizações sindicais vivem 1º de maio em confinamento
Direitos de autor  AFP

Um 1º de maio como há muitas décadas não se via na Europa. As habituais marchas pelas ruas das cidades, orquestradas por sindicatos, deram lugar, em tempos de Covid-19, a momentos simbólicos, através da internet, por exemplo, numa altura em que o confinamento colocou um número gigantesco de trabalhadores em teletrabalho, em lay-off ou no desemprego.

Numa comunicação ao país, o presidente francês afirmou que se dá mais valor, mais significado, aos "rituais inerentes a este dia" por se estar privados deles, Emmanuel Macron afirmou ter uma forte vontade de redescobrir, logo que possível, a alegria do 1º de Maio, que é às vezes conturbado, palavra que está a suscitar uma onda de contestação no país, mas que para o chefe de Estado faz a Nação francesa.

O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho escreveu, nas redes sociais, que "é necessária cooperação e solidariedade globais para construir um futuro de trabalho que faça frente às injustiças provocadas pela COVID-19, mas também aos desafios das alterações climáticas, digitais e demográficas".

Um pouco por todo o mundo as organizações sindicais celebraram este dia na internet, aproveitando também para agradecer aos trabalhadores dos setores essenciais.

O responsável pela Confederação Europeia de Sindicatos, Luca Visentini, diz que este ano se celebra o 1º de maio em isoladamente e que isso é motivo para mostrarmos ainda mais solidariedade para com os trabalhadores dos cuidados de saúde, transportes públicos, agricultura, lojas e quaisquer outros serviços essenciais,

Também o Secretário-geral das Nações Unidas deixou uma mensagem a estes profissionais, e não só.

António Guterres afirmou que talvez agora se dê mais reconhecimento aos trabalhadores essenciais que mantêm as sociedades a funcionar.

Guterres deixou ainda um alerta: "é preciso criar empregos para quem os perdeu honrando a dignidade do trabalho - em atos e palavras".