Europeus lançados para a precariedade no Reino Unido

Europeus lançados para a precariedade no Reino Unido
Direitos de autor Euronews
Direitos de autor Euronews
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Multiplicam-se as histórias de trabalhadores europeus que se tornaram sem-abrigo no Reino Unido e que não veem perspetivas no horizonte.

PUBLICIDADE

Onde antes se concentravam turistas, em pleno coração de Londres, na célebre Trafalgar Square, alinham-se agora filas de pessoas sem abrigo. George, romeno, fazia limpezas em escritórios antes desta nova realidade. Agora, perdeu o trabalho e vir receber alimentos aqui é o único recurso que tem neste momento.

Uma história idêntica à de Paulo, português, que se viu mergulhado na precariedade há oito semanas, quando perdeu o emprego no setor da restauração. Conta-nos que trabalhava num restaurante e que deixou de "ter dinheiro para pagar a renda". Agora não tem sítio para ir e diz que tudo isto lhe "parece uma loucura".

O vazio instalado vai sendo preenchido por instituições de solidariedade. Algumas conseguiram o apoio de restaurantes que produzem e distribuem milhares de refeições por dia na capital britânica.

Mikkel Juel Iversen, fundador da associação "Under One Sky", diz-nos que "esta é a pior altura para ficar sem teto, porque simplesmente não há nada. Normalmente, há sempre centros de apoio abertos. Mas está tudo fechado".

O jornalista Luke Hanrahan aponta que "há muitos europeus que se encontram neste momento em 'terra de ninguém': não têm acesso a voos de repatriamento, não têm poupanças e não têm qualquer forma de arranjar trabalho".

O governo britânico afirma que, só em Londres, já realojou cerca de 1800 sem-abrigo numa dezena de hotéis locais.

Lucy Abraham, que trabalha com associações de apoio social, questiona-se sobre as etapas seguintes: "esses hotéis vão estar disponíveis durante cerca de seis semanas. Ninguém sabe o que vai acontecer depois disso. Muitos dos cidadãos europeus realojados não têm direito a ajudas públicas, nem a obter qualquer estatuto, uma vez que não residem no país há mais de cinco anos".

O compasso de espera prolonga-se, assim como as interrogações e a angústia de quem não sabe para onde ir a partir daqui.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Cozinhou, arrumou e até entregou refeições: príncipe William voltou aos compromissos públicos

Girafa de espécie rara sai à rua pela primeira vez no Zoo de Chester

Rei Carlos III volta a aparecer em público na missa de Páscoa