Ministro da Economia, Paulo Guedes, receia que a comida comece a faltar nas prateleiras
Pela primeira vez desde o início do surto de covid-19 no Brasil, o Rio de Janeiro ultrapassou o estado de São Paulo no número de mortes diárias associadas à doença. Foram 189 óbitos no estado carioca contra 161 entre os paulistas.
Com mais de 140 mil casos confirmados no país, a situação está longe de estar controlada e o ministro da Economia, Paulo Guedes, teme pelo futuro:
"Embora haja proteção e o povo ainda tenha dinheiro na mão, daqui a 30 dias pode começar a faltar nas prateleiras, pode começar a faltar e desorganizar a produção brasileira e aí você entra num sistema não só de colapso económico mas de desorganização social."
O ministro não se esqueceu da máscara de proteção, afinal de contas o Brasil aproxima-se dos dez mil mortos.
Além das duas grandes metrópoles, Manaus tem sido uma das cidades mais afetadas. Além de um colapso do sistema de saúde, verifica-se também um colapso do sistema funerário e o número de enterros diários chegou a ser cinco vezes superior (pico de 151) à média (cerca de 30).
Quem vive na cidade adapta-se como pode. Por iniciativa própria, o comércio começou a impor novos hábitos, obrigando a clientela a desinfetar as mãos quando entra nos estabelecimentos comerciais.
A iniciativa é bem-vinda numa cidade onde as autoridades locais se recusam a impor o confinamento... ao mesmo tempo que pedem ajuda a figuras internacionais como Emmanuel Macron ou Greta Thunberg.