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As 'filas da fome' em Madrid

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Direitos de autor Euronews
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De  Juan Carlos De Santos Pascual
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A euronews foi às ruas da capital espanhola perceber como a Covid-19 deixou centenas de milhares de pessoas na miséria.

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Este é o rasto de fome deixado pelo Covid 19. Afeta milhares de habitantes e ultrapassa as ruas de Madrid. Mais de 100.000 pessoas, segundo a federação de associações de moradores da capital espanhola. Vêm aos serviços sociais e às redes de ajuda aos moradores para conseguir um saco de comida.

Sulma era empregada doméstica com contrato e preenche os requisitos para receber o subsídio especial do Estado; mas a saturação do serviço público de emprego atrasou o pedido.

"Não vimos nada. Devo a renda, não tenho dinheiro para pagar a comida das minhas filhas e todas as despesas", conta.

Outros, segundo a associação de moradores do bairro de Aluche, em Madrid, não têm acesso aos subsídios estatais ou têm medo de utilizar os serviços sociais "São pessoas que tentaram aceder aos serviços sociais, mas os serviços estão sobrecarregados e não aceitam mais pessoas. Ou talvez não possam simplesmente, por causa de problemas jurídicos. Há pessoas que não têm documentos legais e não podem ir aos serviços sociais", diz Alba Díez, desta associação.

Também as redes de vizinhança estão sobrecarregadas. A de Aluche quadruplicou o número de sacos de compras que entrega em apenas um mês. Sulma mostra-nos o que está num desses sacos.

A situação antes da pandemia já era complicada. Salvadorenha, emigrou quando o marido morreu. Partilha um apartamento com várias pessoas e vive com as duas filhas no mesmo quarto.

"Se não fosse a senhoria, que me apoia muito e diz que não me preocupe, se não tivéssemos esse apoio, penso que estaríamos na rua", diz Sulma.

Se não fosse a senhoria, estaríamos na rua.
Sulma Cruz
Imigrante salvadorenha

De acordo com o Programa de Estabilidade enviado pelo Governo espanhol a Bruxelas, mais de 7 milhões de pessoas candidataram-se a algum tipo de subsídio do Governo. Ou porque cessaram a atividade, ou porque ficaram temporária ou indefinidamente desempregadas. Mas esta estatística não tem em conta todos estes trabalhadores invisíveis: aqueles que não têm contrato de trabalho, muitos deles estão aqui nas filas de espera da fome.

Nome do jornalista • Ricardo Figueira

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