"Estado não pode estar capturado nem algemado numa negociação com privados”, avisou ministro das Infraestruturas e da Habitação de Portugal
A companhia Transportes Aéreos Portugueses (TAP), empresa de bandeira de Portugal com 75 anos e há cinco privatizada, corre risco de entrar em insolvência.
A opção não estará entre as prioridades do Governo, mas figura nas possibilidades em estudo, numa altura em que o Governo negoceia com os acionistas privadas uma nova injeção de capital na empresa.
“O Estado português vai partir para uma negociação e não podemos excluir nenhum cenário, inclusivamente o da própria insolvência da empresa, porque obviamente o Estado não pode estar capturado, algemado numa negociação com privados”, defendeu ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, que falava na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Publicas e Habitação.
O ministro, que começou por garantir que "o Governo não quer deixar cair a TAP" e prometeu "a intervenção necessária para garantir que a TAP não cai”, disse também que é preciso, em primeiro lugar, clarificar com o acionista privado qual é a sua disponibilidade para acompanhar a intervenção pública, questão à qual, segundo o ministro, a TAP ainda não respondeu.