Viajar para Espanha durante o estado de alarme

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De  Ricardo Borges de CarvalhoEuronews
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Jornalista fez percurso de Lyon para Madrid, passando por Paris, e descreve o processo de entrada em quarentena à chegada a território espanhol.

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É a principal gare ferroviária de Lyon, mas por estes dias, tem tanto movimento quanto uma estação de província.

Quando o comboio chega, em vez das habituais filas intermináveis para entrar, há agora apenas 10-15 pessoas em cada porta. A viagem para Paris começa e não falta espaço nas carruagens.

“A linha entre Lyon e Paris é uma das principais de França. Cada carruagem tem cerca de 30% a 40% da capacidade. Os serviços de bar estão desativados. Cada passageiro pode apenas pegar uma garrafa de água, mas a regra de usar máscara está a ser cumprida por todos”, conta Ricardo Borges de Carvalho.

Durante a fase de desconfinamento, o governo francês limitou as deslocações a um perímetro de 100 quilómetros, salvo motivo de força maior. Mas ninguém verificou se tinha justificação para esta viagem de 500 quilómetros.

Em Paris, na estação de comboios suburbanos, não há distribuição de gel desinfetante. Máscaras, só comprando nas máquinas, a 5 euros cada.

“Ir nesta altura para o aeroporto Charles de Gaulle é quase como querer chegar à terra de ninguém. Num comboio suburbano, com capacidade para centenas de pessoas, e que liga o centro de Paris até ao aeroporto, fomos apenas três pessoas a sair na estação”, relata o jornalista.

Num dos aeroportos com mais tráfego na Europa, saíam apenas 4 voos de um dos terminais. Com as lojas e cafés fechados, só num quiosque se consegue comprar comida ou bebida.

Num aparelho com capacidade para 180 passageiros, havia menos de 30 pessoas a bordo.

Durante o voo é necessário preencher um papel com os dados pessoais para entregar à chegada a Madrid.

A única longa fila deste dia ocorreu antes de recolha de bagagem, 20 minutos de espera.

“Depois de nos ser medida a febre e de entregarmos o questionário com os nossos dados e contactos em Madrid ao pessoal médico, eles explicam-nos que estamos oficialmente de quarentena de duas semanas. Entregam-nos uma folha que diz que temos de medir a febre de manhã e à noite, e onde constam também os contactos para onde ligar se tivermos algum dos sintomas relacionados com a Covid-19", explica Ricardo Borges de Carvalho.

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