"A Renault pode desaparecer"

"A Renault pode desaparecer"
Direitos de autor JACQUES BRINON/AP
Direitos de autor JACQUES BRINON/AP
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O aviso foi dado pelo ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, depois de notícias darem conta de que a construtora de automóveis se preparava para fechar várias fábricas em França. Na imprensa surgiu também a informação de que a parceira Nissan equaciona cortar 20 mil empregos.

PUBLICIDADE

A indústria automóvel está em alerta com a possível perda de mais postos de trabalho depois do aviso do ministro das finanças francês de que a Renault pode acabar se não receber ajuda em breve, isto num dia em que surgiu a notícia de que a parceira Nissan está a considerar cortar 20,000 postos de trabalho, muitos na Europa.

"Sim, a Renault pode desaparecer. Sim a Renault pode desaparecer, grandes construtores industriais podem desaparecer, temos que ser realistas e a minha linha constante tem sido a de dizer a verdade aos franceses. Nunca escondi a seriedade desta crise e não escondo a situação séria da Renault. Mas também quero frisar que a Renault tem recursos excecionais, tecnologia excecional, empregados com motivação e trabalhadores especializados. Por isso a Renault pode recuperar e vai recuperar", adiantou o ministro numa entrevista à Europe 1.

O comentário de Bruno Le Maire surge no contexto de informações publicadas em jornais de que o grupo Renault está a preparar-se para encerrar várias unidades em França, incluindo a fabrica de referência em Flins, no norte de Paris.

Em 2018 a Renault foi apanhada pela detenção do arquiteto da aliança com a Nissan e presidente de longa data Carlos Ghosn, sob a acusação de crimes financeiros.

O escândalo coincidiu com uma queda prolongada nas vendas.

Os construtores automóveis lutam agora pela sobrevivência com o colapso da procura devido à pandemia do coronavírus

A Renault e a Nissan são aliadas há duas décadas e deverão anunciar uma nova estratégia na próxima quarta-feira.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Governo acusado de preferir acionistas da Renault aos trabalhadores

Grupo Renault vai cortar 15 mil postos de trabalho

O dilema da Defesa da Europa: quanto dinheiro é preciso gastar?