Confinamento deixou marcas nas crianças

Confinamento deixou marcas nas crianças
Direitos de autor AFP
De  Teresa Bizarro
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Uma em cada quatro crianças manifesta sinais de ansiedade, mas o isolamento social e ausência de aulas presenciais podem ter deixado mazelas psicológicas mais sérias. O aviso é feito por várias organizações não governamentais

PUBLICIDADE

Mil e trezentos milhões de crianças estiveram sem ir à escola nos últimos meses, em todo o mundo. A organização não governamental Save the Children diz que uma em cada quatro crianças manifesta sinais de ansiedade na sequência do confinamento e avisa que o isolamento social e ausência de aulas presenciais podem ter deixado mazelas psicológicas mais sérias, incluindo a depressão.

Em Itália, a herança da Covid-19 é ainda mais pesada. De acordo com dados oficiais do governo, mais de 65% dos menores manifestam problemas comportamentais.

Paolo Petralia, director-geral de um hospital pediátrico de Génova, conta que "nos desenhos que receberam das famílias, as palavras-chave eram "medo" e "mau". "Estar em casa foi representado com esta palavra 'mau'," afirma.

Para Sandra Zampa, a subsecretária do Ministério da Saúde de Itália, os números confirmam que a quebra das rotinas de segurança durante o confinamento teve consequÊncias em muitas crianças"

Há vários relatórios a confirmar este impacto. A Federação britânica de Investigação na Educação revela que cerca de 90 por cento dos professores acredita que os alunos estão muito aquém do conhecimento que deveriam ter adquirido. Estima-se que só no Reino Unido, dois milhões de aunos dedicaram menos de uma hora por dia ao estudo nos últimos meses. A situação agrava-se nos grupos mais vulneráveis.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

UE deverá criar Garantia para Crianças Vulneráveis

Doutores-palhaços esforçam-se para manter riso durante pandemia

Polícia alemã descobre cinco crianças mortas num apartamento