Segunda volta das eleições municipais teve pouco mais de 40% de participação.
Um recorde da abstenção, crescimento dos ecologistas e um resultado negativo para o partido do Presidente Emmanuel Macron.
Estes são os grandes destaques da segunda volta das eleições municipais em França. Macron voltou a perceber que a nível local, o República em Marcha está longe de conquistar os resultados nacionais. Apenas o primeiro-ministro Édouard Philippe conseguiu ser eleito no município de Le Havre.
Em Paris, a socialista Anne Hidalgo foi reeleita e continua à frente dos destinos da capital francesa.
Mais a sul, em Marselha Michèle Rubirola, que lidera uma coligação de esquerda, venceu esta segunda volta em Marselha e vai ocupar o lugar do histórico dirigente conservador, Jean-Luc Gaudin.
Em Lyon, Gérard Collomb vai passar o testemunho à esquerda: o ecologista Grégory Doucet será o novo autarca. Aliás, os ecologistas são os grandes vencedores destas eleições que tiveram de ser adiadas por causa da pandemia de covid-19.
Mas este pintar de verde do mapa francês não é o que mais preocupa quem se senta no palácio do Eliseu: a vitória da extrema-direita em Perpiñan, a maior autarquia que conquistam em 25 anos, pode ser um sinal de crescimento do partido de Marine Le Pen. O Reunião Nacional conquistou, no total das duas voltas, 11 municípios.
Emmanuel Macron terá também de retirar algumas conclusões menos positivas dos dados da abstenção: chegou quase aos 60%. Alguns analistas consideram que se trata de mais um dos efeitos da pandemia e do confinamento dos últimos meses.