China aprova lei da segurança para Hong Kong

A China está habituada a obter aquilo que quer e a controversa lei de segurança para Hong Kong não é exceção. De acordo com a comunicação social do território semiautónomo, a lei foi ratificada esta terça-feira pelo Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional chinesa e poderá entrar em vigor já a um de julho, no aniversário da transferência da soberania britânica para a chinesa. Nem o governo central de Pequim, nem as autoridades locais de Hong Kong confirmaram a notícia mas nem por isso deixaram de se sentir as ondas de choque.
Para o ativista, Joshua Wong, Hong Kong prepara-se para entrar num reino de terror com perseguições arbitrárias, prisões ilegais, confissões forçadas e censura.
A lei prevê mão pesada para "atos de secessão, subversão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras" e para a Amnistia Internacional coloca em causa os direitos humanos no território. A comunidade internacional, com destaque para União Europeia e Estados Unidos, também tem vindo a condenar a vontade imperturbável de Pequim em impor a legislação. A intenção chinesa deu origem a vários meses de violentos protestos em Hong Kong, que motivaram cerca de nove mil detenções.