Fábricas de Leicester laboram sem proteções contra Covid-19 apesar do confinamento

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De  Luke Hanrahan com Ricardo Borges de Carvalho
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Empresas têxteis mantêm a produção sem respeitar diretrizes do Governo, colocando em risco os trabalhadores, na maioria, pouco qualificados e migrantes.

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A cidade de Leicester, no centro de Inglaterra, é um local sinónimo de produção de têxteis.

O governo considera que os métodos de trabalho nalgumas fábricas contribuem para a propagação prolongada do coronavírus.

Manoher Sehmi, proprietário da empresa SSS Fashions, diz que parou a produção e deu licença aos seus funcionários, mas acrescenta que alguns dos seus concorrentes, não têm sido tão cuidadosos.

Em Leicester, há cerca de 1.500 empresas que empregam milhares de pessoas.

Nick Sakizadah trabalha numa fábrica têxtil e diz que, durante o confinamento, recebeu consideravelmente menos do que o salário mínimo. "Recebia cinco libras e para mim era como se estivesse a trabalhar de borla. Estou a correr um grande risco."

Sakizadah revela ainda que não houve qualquer medida de proteção contra a Covid-19 implementada na sua fábrica. "Era o mesmo que antes do coronavirus - sem luvas, máscaras ou distanciamento social - nada de nada".

Ricky Sandhu, antigo empregado de uma fábrica têxtil, considera que é injusto apontar o dedo diretamente aos donos das fábricas, porque "as fábricas empregam as pessoas e todos precisam de trabalhar".

A deputada de Leicester, Claudia Webbe, acredita que o governo poderia ter agido mais cedo. A eleita pelo Partido Trabalhista defende que "o governo poderia absolutamente fazer mais e pergunto-me se esta fosse uma comunidade diferente, se a ajuda não teria sido dada muito mais cedo para que os trabalhadores não fossem explorados desta forma".

O governo britânico já disse que tem autoridade para fechar as empresas que não cumpram com as diretrizes de segurança fornecidas.

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