Plano de cortes da Airbus contestado

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O gigante europeu da aviação, Airbus, anunciou no final de junho um plano para despedir 15 mil trabalhadores, em todo o mundo. O plano vai cortar, por exemplo, 5.100 postos de trabalho na Alemanha, 1.700 no Reino Unido, 900 em Espanha e 5.000 em França.

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Com os aviões imobilizados durante o confinamento, as companhias aéreas enfrentaram as maiores perdas financeiras na história da aviação, de acordo com a Associação Internacional de Transportes Aéreos. As perdas estão agora a propagar-se aos fabricantes de aviões e aos seus subcontratados.

O gigante europeu da aviação, Airbus, anunciou no final de junho um plano para despedir 15 mil trabalhadores, em todo o mundo. O plano vai cortar, por exemplo, 5.100 postos de trabalho na Alemanha, 1.700 no Reino Unido, 900 em Espanha e 5.000 em França.

Em Touluse, o secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho do departamento de Haute-Garonne, pinta um cenário negro. Cédric Caubère estima que "existem quatro empregos indiretos e trabalhos implícitos para cada trabalho industrial. Portanto, trata-se de um massacre que está a ser implementado, um massacre de empregos. Há uma forte indignação entre os sindicatos." O dirigente sindical acredita que existem alternativas e que "a prioridade número um deve ser salvar empregos".

Em França, os sindicatos organizaram protestos, esta semana, na esperança de convencerem as autoridades locais a intervirem e a encontrarem alternativas.

O presidente do Conselho departamental de Haute-Garonne, Georges Méric, defende que é preciso avançar com a construção de aviões mais ecológicos e que "a mono atividade da região, o modelo de uma única indústria que gira em torno da aviação, é uma fraqueza. Quando as coisas funcionam, todos ficam contentes, mas quando não funcionam, todos se queixam. É necessário descobrir como diversificar a indústria" local.

Ainda antes do anúncio da Airbus, o Governo francês desbloqueou 15 mil milhões de euros para ajudar o setor da aviação. No entanto, alguns economistas, como Christian Gollier, acreditam essa verba só irá fazer face às consequências a curto prazo da Covid-19.

"O coronavírus provou que era possível substituir as viagens de avião, especialmente de negócios, pois aqueles que antes tinham de viajar para diferentes cidades, diferentes países, para reuniões de negócios, aperceberam-se que agora podem fazê-lo virtualmente. Isto terá um impacto a longo prazo".

O plano de cortes de postos de trabalho anunciado pela Airbus, já foi também contestado em Espanha e nas cidades alemãs de Bremen e Hamburgo.

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