Continua a ser uma incógnita se haverá acordo sobre o fundo de recuperação da UE para a Covid-19. Chanceler alemã diz que ainda há pontes a construir.
A incerteza sobre se vai chegar-se, ou não, a acordo sobre o fundo de recuperação da União Europeia persiste, 750 mil milhões de euros para fazer face aos desafios da Covid-19, a serem debatidos durante a cimeira do final da semana.
Continua a haver alguma resistência por parte de alguns países, e ainda há pontes a serem construídas. Quem o disse foi Angela Merkel após receber o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte. Apesar do desacordo, a chanceler alemã enfatiza que se trata de uma tarefa gigantesca por isso o valor a despender tem de estar à altura do desafio:
"Vamos discutir, na sexta-feira, como chegar a um acordo comum. Ainda há posições diferentes. Não sei dizer se chegaremos a um acordo mas, de qualquer forma, isso seria bom para a Europa", afirmou a chefe do governo alemão.
Já o primeiro-ministro holandês recebeu os seus homólogos de Portugal e de Espanha. Aos média, e enquanto aguardava por António Costa ou Pedro Sánchez, já que as reuniões decorreram em separado, Mark Rutte afirmou que ainda há um longo caminho a percorrer. É preciso encontrar uma solução, afirmou. Acrescentando, quando questionado sobre se acredita que ela será encontrada, que espera que sim mas que não será fácil. "A política nunca é fácil", frisou.
Os Estados-membros da UE vão negociar o pacote proposto por Alemanha e França, para ajudar os países mais afetados pelo vírus e pelos seus impactos económicos. Mas há Estados como Holanda, Áustria, Dinamarca e Suécia que preferem fazer empréstimos em vez de doações.