Rússia nega acusações de tentativa de roubo de investigação à Covid-19

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Direitos de autor Ted S. Warren/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
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Reino Unido, EUA e Canadá alegam envolvimento em ciberataques contra universidades, farmacêuticas e cientistas britânicos, americanos e canadianos.

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Em conjunto com autoridades dos EUA e do Canadá, o Reino Unido acusou a Rússia de tentar roubar informações a organizações envolvidas na investigação e desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19.

O grupo APT29, também conhecido como "Dukes" ou "Cozy Bear" e com alegadas ligações aos serviços de inteligência russos, é apontado pelos ciberataques.

"Em conjunto com os nossos homólogos dos EUA e do Canadá deixámos claro e emitimos uma declaração a indicar que sabemos que as agências russas de inteligência têm estado a atuar com ciberataques contra os esforços nesses três países e a tentativa de encontrar uma vacina através da investigação sobre o coronavírus. Penso que é lamentável", sublinhou Dominic Raab, o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros.

A Rússia negou qualquer envolvimento, pela voz do presidente do comité estatal da Duma para os Negócios Estrangeiros, Leonid Slutsky: "Esta mensagem não faz qualquer sentido. Infelizmente, é impossível nomeá-lo de outra forma. A Rússia tem os virologistas mais poderosos no mundo. No nosso país, esta vacina encontra-se em avançado estado de desenvolvimento. É um produto puramente russo."

Por outro lado, o governo britânico também acusou agentes patrocinados por Moscovo de tentar interferir nas eleições legislativas de dezembro e de ter acesso a informação sensível relacionada com o acordo de comércio entre o Reino Unido e os EUA, mais tarde divulgada nas redes sociais.

"Estamos em condições de dizer que consideramos saber com razoável confiança que houve agentes russos envolvidos na tentativa de interferir com as eleições de 2019. Principalmente tentado divulgar e amplificar através da Internet documentos revelados e obtidos ilegalmente sobre as negociações de livre comércio entre o Reino Unido e os EUA. Existe uma investigação criminal em curso", referiu Dominic Raab.

O presidente do comité estatal da Duma para os Negócios Estrangeiros, Leonid Slutsky, devolveu as acusações: "Recordo-me de dezenas de fabricações deste tipo nos últimos anos. Gostaria de declarar que a Rússia nunca interferiu em quaisquer eleições. A qualquer nível que seja, nem presidencial nem parlamentar, em qualquer país do mundo."

Nas eleições de 2019, o líder trabalhista Jeremy Corbyn usou documentos sobre as negociações do Reino Unido para um acordo comercial com os EUA, acusando os conservadores de colocar o sistema nacional de saúde britânico (NHS) à venda. Nada que tenha, no entanto, impedido a vitória expressiva do atual primeiro-ministro Boris Johnson.

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