Decisão é uma resposta à nova lei de segurança nacional imposta pela China
A nova lei, aprovada em junho e que não passou pelo Conselho Legislativo da região semi-autónoma chinesa, pode punir com prisão perpétua “atos de subversão, terrorismo e conspiração com forças estrangeiras”.
Para o chefe da diplomacia britânica, trata-se de uma "grave violação" das obrigações internacionais por parte Pequim.
Na Câmara dos Comuns, Dominic Raab revelou que o governo decidiu suspender o tratado “imediatamente e indefinidamente” e não considera reativar os acordos até que “existam salvaguardas claras e sólidas que sejam capazes de evitar que a extradição do Reino Unido seja indevidamente utilizada ao abrigo da nova lei de segurança nacional".
O embargo de armas, em vigor para a China desde 1989, será agora estendido a Hong Kong. Com esta medida, o governo britânico quer evitar que armas potencialmente letais possam ser usadas para repressão interna.
Quando o Reino Unido colocou em cima da mesa o fim do acordo de extradição, Pequim acusou o governo britânico de "ingerência brutal". Insistiu que está comprometido com a defesa do direito internacional e prometeu uma "resposta firme"
A nova legislação tem sido muito criticada por grupos de defesa dos Direitos Humanos e pela oposição em Hong Kong. A antiga província britânica regressou à soberania da China em 1997 com a garantia de 50 anos de autonomia a nível executivo, legislativo e judicial.