Vaga de calor castiga países europeus em tempo de pandemia

À sombra ou dentro de água, a cura para o mal comum da vaga de calor extremo tornou-se universal em vários países europeus.
Em França, onde os termómetros registaram mais de 40 graus, só o cair da noite de sexta-feira trouxe uma sensação de alívio adicional, num verão ainda mais asfixiante por causa dos condicionalismos impostos pela pandemia de Covid-19.
"Não é só o calor. A máscara é realmente insuportável neste período, mas temos de fazer um esforço. Precisamos de usá-la porque a situação é grave", referiu, Fofana Morlaye, residente em Paris.
No Reino Unido, onde se registou esta sexta-feira o dia mais quente do ano, quase ninguém resistiu a colocar o pé na areia e ir a banhos. Com ou sem máscara.
"O que tem de acontecer agora, particularmente nas discussões sobre a recuperação económica e estímulos pós-pandemia é que temos de redesenhar a forma como vivemos para nos adaptarmos a este calor. As casas mal isoladas são um problema. Nas áreas urbanas em particular há falta de acesso a parques, porque se constrói cada vez mais. Precisamos de plantar mais árvores e de ter acesso a áreas abertas com água disponível", sublinhou, em entrevista à Euronews, Joseph Dutton, consultor político.
Na riviera belga, em Ostende, o cenário é idêntico ao do Reino Unido: praias sobrelotadas e sem distanciamento social.
Os cientistas alertam, de forma alarmante, que o mundo terá de se acostumar às ondas de calor cada vez mais frequentes.