Milhares de pessoas protestam pelo 24º dia consecutivo no centro da capital búlgara contra o governo de Boiko Borissov a quem acusam de corrupção e de favorecer oligarcas.
Contra o governo marchar, marchar, milhares de manifestantes protestam contra o executivo búlgaro no centro da capital Sofia há 24 dias consecutivos.
Acusam o governo de corrupção, de representar os interesses dos oligarcas e não os das populações.
“Não há separação de poderes na Bulgária. Não devia haver uma quota política no supremo conselho judicial. Temos uma quota eleita pelo parlamento, logo é política. Não é possível evitar a corrupção. Estamos desgraçados", diz uma manifestante.
Os manifestantes acamparam no meio de três artérias principais de Sofia provocando o caos na cidade.
Mais ainda, a autoestrada que faz ligação com a Grécia também foi palco de uma manifestação pelo que o acesso foi interrompido a 120 quilómetros a sul de Sófia, junto a Blagoevgrad.
Os protestos eclodiram depois de ter sido publicado o vídeo que mostra um líder da oposição a ser obrigado pela polícia a retirar-se de uma praia usada como espaço privado por um político influente e controverso, Ahmed Dogan.
Cerca de 60 % dos búlgaros apoiam os protestos e 45% pedem a demissão do primeiro-ministro Boïko Metodiev Borissov, de acordo com uma sondagem publicada este domingo pela empresa Alpha Research.
Ainda segundo esse estudo de opinião, 50,3 % pensam também que Dogan controla a procuradoria-geral.