O setor dos eventos organizou um espectáculo em Lisboa para protestar contra a falta de apoios e clareza por parte do governo. Profissionais e empresas estão parados há meses, por causa da covid-19, e não sabem quando vão voltar a trabalhar.
A praça do comércio, em Lisboa, foi o palco escolhido para o protesto do setor dos eventos em Portugal, esta terça-feira. A Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) alertou o governo para as duras condições em que empresas e profissionais estão a viver, com a atividade paralisada há meses por causa da covid-19.
No ano passado, as 170 empresas da APSTE tiveram uma faturação de 140 milhões de euros. Este ano, mais de metade das associadas (56%) diz não ter liquidez para pagar os salários nos meses de agosto e setembro.
Sem data definida para voltar ao ativo, o setor pede mais intervenção do Estado no sentido de mitigar o impacto da pandemia
O presidente da associação, Pedro Magalhães, afirma que "a primeira medida" que gostaria de ver era "o prolongamento deste lay-off simplificado". Para o representante da organização, o Estado poderia ainda "ajudar em ações de formação", além de isenções na Taxa Social Única (TSU) e no imposto sobre a circulação dos veículos (IUC).
No local, os profissionais fizeram uma instalação de equipamentos com o logótipo de cada empresa e projetaram nas fachadas vídeos com reivindicações.
A APSTE afirma estarem em causa cerca de três mil postos de trabalho, diretos e indiretos, e uma quebra na faturação na ordem dos 80%,
O governo português está a trabalhar numa proposta de ajuda ao setor. Esta terça-feira, foi publicado o Decreto-Lei que permite às empresas da área reaver o IVA em despesas relativas à organização de eventos.