Convenções dos partidos não convencem eleitores

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De  Joao Duarte Ferreira
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Audiências televisivas da primeira noite das convenções dos partidos norte-americanos ficam muito abaixo dos valores de há quatro anos

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As habituais convenções dos partidos norte-americanos que antecedem cada eleição são este ano uma sombra do que seria habitual. mesmo assim, os membros do Partido Democrático não hesitam em classificar o evento como "cinco estrelas".

"Foi muito bom. A não ser que façamos parte da convenção não podemos acompanhar o que acontece durante o dia... mas tudo isso foi transmitido pela internet e as pessoas puderam participar", afirma Christine Sinicki, do Partido Democrático de Milwaukee.

Os membros do Partido Republicano do Wisconsin não ficaram atrás e deram o sinal de aprovação à convenção do partido.

"É muito emocionante. Este ano tivémos muitos desafios devido á situação do Covid mas os Republicanos saíram-se muito bem e até tiveram delegados na audiência tudo devidamente espaçado", adianta Ken Brown, apoiante do partido Republicano no concelho de Racine.

Quanto aos restantes, ou seja, os eleitores do Wisconsin, as convenções não conseguiram reforçar o apoio aos candidatos. Muitos revelam-se resignados. É o caso desta eleitora que com relutância apoia Joe Biden.

"Sinto que eles nos dizem aquilo que queremos ouvir... não acredito em nada do que os partidos dizem", afirma Anna Baker.

Para outros, o importante é não deixar Joe Biden chegar à Casa Branca.

"Eu não apoio os democratas. Eu não gosto desta violência de que eles nunca falam. E agem como se tudo estivesse contra Trump e que o Trump não está a fazer o que lhe compete. O coronavírus não tem nada a ver com ele mas com a China", diz Richard Matavka.

As audiências televisivas para a primeira noite da convenção democrata estiveram 27% abaixo dos valores alcançados há quatro anos.

As sondagens indicam que Joe Biden não conseguiu ganhar muito terreno.

E os Republicanos? Menos 31% quando comparado com os números de 2016.

Os eleitores do sudeste do Wisconsin estão bem cientes do papel que desempenharão nas eleições deste ano.

A vitória de Trump aqui em 2016 ajudou-o a conquistar o estado, o primeiro candidato republicano a conseguir o feito desde 1984.

De momento, as sondagens no Wisconsin mostram que Trump tem menos 10 pontos, tal como aconteceu há quatro anos.

Christine Sinicki, do Partido Democrático de Milwaukee, diz que "não podemos cometer o mesmo erro de há quatro anos e assumir que está tudo bem. temos que trabalhar até ao último minuto para ganhar a corrida".

Mas como os candidatos vão terminar a corrida permaneceuma incógnita.

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