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4.000 migrantes chegaram às Canárias desde janeiro

Refugiados arriscam a vida para chegar a território europeu
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Um aumento de 550% face ao mesmo período de 2019. Organizações de Direitos Humanos alertam que as chegadas são apenas uma pequena fração das partidas

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Aumentou o número de migrantes africanos que arriscam a vida na chamada "Rota das Canárias" para chegarem ao território europeu.

De acordo com a Organização Internacional para as Migrações, desde janeiro, cerca de 4000 pessoas sobreviveram à perigosa travessia desde a costa ocidental de África até ao arquipélago espanhol. Mais de 250 migrantes morreram ou foram dados como desaparecidos.

No terreno, as equipas de apoio, como por exemplo a Cruz Vermelha, descrevem um cenário desolador.

Jose Antonio Rodríguez, da equipa de primeira resposta, refere que "todos os migrantes saltam para chegar à costa." Conta a história de "uma mulher que saltou com o seu bebé às costas e quando chegou a uma zona segura percebeu que já não tinha o bebé". Passaram três ou quatro dias à procura da criança acabando por encontrá-la sem vida.

No ano passado, a União Europeia começou a financiar as ações de Marrocos para impedir que migrantes ilegais cheguem ao sul de Espanha, através do Mar Mediterrâneo. De acordo com o Governo espanhol, as chegadas a Espanha continental diminuíram 50%, face a 2019, no entanto, os desembarques nas Ilhas Canárias aumentaram 550%.

Para o representante da Comissão Espanhola de Ajuda aos Refugiados nas Canárias, Txema Santana, isso deve-se "ao facto de Marrocos estar a colocar mais pressão na fronteira norte" e "ao facto de mais pessoas do Mali e do Senegal terem aderido à rota, especialmente nesta fronteira porosa entre o Mali e a Mauritânia".

Chegar a território europeu tornou-se numa tarefa difícil e perigosa. Um maliano, que busca asilo em Espanha, conta que arriscou a vida porque tinha muitos problemas no seu país, no entanto, refere que esta não é uma situação normal e que nenhum ser humano deveria passar por esta experiência. E questiona: "de que outra forma se pode fazer?"

As organizações de Direitos Humanos têm vindo a alertar para um cenário ainda mais preocupante afirmando que as chegadas às Canárias são apenas uma pequena fração das partidas.

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