Processo de extradição para os EUA retomado depois de adiamento provocado pela pandemia de covid-19
Julian Assange tem a cabeça a prémio nos Estados Unidos, onde arrisca 175 anos de prisão por espionagem, mas é no Reino Unido que se decide o seu futuro. Esta segunda-feira o australiano foi ouvido pela justiça britânica no âmbito do pedido de extradição efetuado pelas autoridades norte-americanas e os apoiantes do denunciante não perderam a oportunidade para se manifestar junto ao tribunal.
O pai de Assange refere que o processo é vital para o Reino Unido, uma vez que se trata de uma questão de proteger as fronteiras nacionais. Para John Shipton, "os Estados Unidos querem impor as suas leis fora do seu território para chegar a um cidadão australiano publicado em Inglaterra."
A defesa de Julian Assange argumenta que o pedido de extradição tem por base motivação política, o que é expressamente proibido no tratado de extradição em vigor entre os dois países. Para os norte-americanos, trata-se de uma questão de proteger a segurança nacional. O processo promete arrastar-se pela justiça britânica nos próximos meses.