Cimeira MED7 na Córsega

Cimeira MED7 na Córsega
Direitos de autor  Euronews
De  Nara Madeira  com AP, AFP

Crise no Mediterrâneo dominará cimeira MED7 na qual Portugal participa

Há muito que as águas calmas do Mediterrâneo oriental se tornaram agitadas e será esta crise que dominará a cimeira MED7 que decorre esta quinta-feira na Córsega.

Turquia e Grécia têm embarcações da Marinha, estrategicamente, posicionadas e ambos os países se acusam, mutuamente, de responsabilidade no agravamento das tensões. Crispação que acaba por afetar os outros países da região.

A 10 de agosto, Ancara enviou um navio de investigação para este espaço marítimo, para exploração dessa área, parte da qual pertence à Grécia, diz Atenas. A Turquia discorda e reivindica direito de exploração de petróleo num espaço que considera pertencer à sua plataforma continental.

Um analista político explica que não é a primeira vez q ue a contenda acontece. "Vimos esta crise há mais de 10 anos e agora vemos que ambos os países têm defendido as suas reivindicações. O acordo turco com a Líbia, para partilhar o leste do Mediterrâneo, aumentou as tensões, mas depois houve um acordo da Grécia com o Egito, por isso estamos a ver ambos os países a fazer pressão" para alcançar os seus objetivos, esclarece Hamdi Firat Büyük.

O Conselho dos Negócios Estrangeiros da União Europeia tem discutido qual deverá ser a resposta adequada. A imposição de sanções não está posta de parte.

Um professor de Relações Internacionais da Universidade de Atenas, explica que "as possíveis sanções da UE contra a Turquia vão, sem dúvida, enviar uma mensagem forte ao lado turco". No entanto, frisa "acredito que são apenas parte de uma estratégia mais abrangente que a UE deve desenvolver em relação à Turquia. Essa estratégia deve ser uma espécie de política de incentivo e castigo, uma combinação da abordagem alemã de envolvimento ou compromisso com a Turquia com a abordagem francesa de conter a agressão turca". adianta Panagiotis Tsakonas.

Mas há outros motivos para a tensão no Mediterrâneo entre eles a crise migratória, a da Líbia. No encontro estarão presentes representantes de França, Itália, Espanha, Portugal, Grécia, Malta et Chipre

Notícias relacionadas