Mesmo se oficialmente não se tratou de atos de campanha eleitoral, nenhum dos candidatos deixou de tentar captar votos nas comemorações da tragédia de 2001.
Donald Trump e Joe Biden. Os dois rivais, candidatos às presidenciais norte-americanas de novembro, aproveitaram a data de 11 de setembro para aparecer em público, lembrar a tragédia de há 19 anos e fazer campanha, mesmo que não assumidamente, cada um à sua maneira. Os dois candidatos estiveram na Pensilvânia. Biden marcou presença também em Nova Iorque, mas aí Trump fez-se representar pelo vice-presidente Mike Pence.
Diz Bill Barrow, da Associated Press: "Vimos Trump falar atrás de um púlpito com o selo presidencial na Pensilvânia, no local da queda do voo 93. Não foi tão abertamente político como noutras ocasiões, nos últimos tempos, mesmo em eventos oficiais, mas não deixou de usar a linguagem que habitualmente usa a propósito dos Estados Unidos - 'Tornar a América grande', 'este grande país', etc. Joe Biden esteve com vários familiares de vítimas do 11 de setembro que estiveram nas comemorações em Manhattan. É o tipo de ligações pessoais a que nos habituou ao longo dos anos. Vimos estes dois homens em ambientes que, mesmo não-políticos, os podem ajudar a ganhar votos, segundo acreditam as campanhas de cada um".
Este ano, as comemorações do aniversário do maior atentado terrorista da história norte-americana foram diferentes e sujeitas a regras de distanciamento, devido à pandemia de Covid-19. Os Estados Unidos são o país mais afetado e aproxima-se das 200 mil mortes.