Realizador Basil da Cunha volta à Reboleira, na Amadora, para retratar as lutas que os jovens da comunidade têm de enfrentar
Após oito anos numa casa de correção, o jovem Spira regressa à Reboleira, na Amadora, onde reencontra família, amigos e tenta reintegrar-se no bairro.
Este é o início de "O Fim do Mundo", um filme com atores não profissionais, realizado por Basil da Cunha, de 35 anos, que procura contar as lutas que a nova geração do bairro tem de enfrentar.
O realizador luso-suíço vive há mais de dez anos na Reboleira, paredes meias com um bairro ilegal de construção clandestina. Um gueto marginalizado e incómodo que não quer que seja ignorado.
"O cinema serve para inscrever comunidades que infelizmente estão na sombra na história de um país", diz Basil da Cunha.
O Fim do Mundo ganhou o prémio de melhor longa-metragem nacional na edição deste ano do festival IndieLisboa.
Chegou esta quinta-feira às salas de cinema portuguesas.