Evento foi cancelado pelas autoridades do estado mas decorre, ainda assim, de forma alternativa. População não se deixa intimidar pelo aumento do número de casos de Covid-19.
Na Baviera, as tradições são para respeitar e não é por as autoridades anunciarem o cancelamento do Oktoberfest que deixa de se realizar o maior evento de cerveja do mundo.
Embriagados pela vontade de celebrar, habitantes de Munique comemoram desde sábado, indiferentes ao aumento do número de casos de coronavírus na região.
Este ano, não há tendas gigantes nem stands de venda de comida. Em vez disso, meia centena de cervejarias da cidade e outros estabelecimentos promovem versões alternativas do festival, com muita música, comida e bebida garantidas.
O uso de máscara é obrigatório e ainda que em teoria se apliquem normas de distanciamento a realidade prática parece ser bem diferente.
"Qualquer um de nós se pode acostumar a usar máscara num bar. Ficaria satisfeita se pudéssemos simplesmente reabrir restaurantes e outros espaços", sublinhou Margaret Stadelbauer, uma visitante.
Michael Möller, da cervejaria Hofbräuhaus, acrescentou: "Nada disto é confortável, mas é seguramente mais confortável do que estar na cama e doente."
Para evitar aglomerações e um elevado risco de infeção, interditou-se o consumo de álcool no recinto tradicional das festas.
A polícia monitoriza a situação no terreno, e para já tudo parece estar sobre controlo, ainda que não conste que a cerveja garanta imunidade à Covid-19.
O setor da hotelaria, restaurantes e estabelecimentos comerciais fazem um balanço positivo, pelo menos enquanto o vírus, que não foi convidado para a festa, não bater à porta e entrar sem pedir licença.