Números continuam a subir. Tendência é transversal a vários países europeus.
Em Espanha, é tempo de união para fazer frente ao avanço da Covid-19. Por esse motivo, o presidente do Governo, Pedro Sánchez, e a presidente da comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, baixaram a guarda, colocando diferenças partidárias de lado. Esta segunda-feira, selaram um pacto para colaborar em contexto de pandemia e criar um grupo de trabalho permanente, que se reunirá todas as semanas para fazer recomendações.
Em uníssono reforçaram a confiança nas restrições de mobilidade que entraram hoje em vigor em diferentes bairros nos subúrbios da capital espanhola.
Pedro Sánchez insistiu que todo o cuidado é pouco. "Isto não é jogo. Estamos perante uma segunda vaga que, evidentemente, tem características distintas da primeira. É menos letal, menos veloz, mas continua a ser muito perigosa", lembrou o presidente do governo.
Já o diretor-geral de Saúde de Inglaterra disse que o Reino Unido, o país com maior número de mortos na Europa, se encontra num "ponto crítico" da pandemia de Covid-19 e alertou para a importância da população estar alinhada num objetivo comum.
"No devido momento, a ciência virá em nosso auxílio, mas durante os próximos seis meses temos de perceber que temos de levar tudo coletivamente a sério", sublinhou Chris Whitty.
Este domingo, o executivo britânico anunciou novas sanções para quem não respeitar restrições até porque se acredita que a economia não resistiria a um novo confinamento total.
Tadhg Enright - Se os bares e restaurantes podem continuar a funcionar, mesmo fechando portas mais cedo, não deveria custar tanto como se fosse um encerramento completo. Alguns elementos do gabinete de Boris Johnson acreditam quem a economia não pode passar por mais apertos, mesmo que seja para salvar vidas humanas.