Lukashenko assumiu sexto mandato como presidente bielorrusso em cerimónia não anunciada publicamente e à porta fechada.
Uma sala cheia, palmas e uma caminhada triunfal. À primeira vista, ninguém diria que a cerimónia de investidura de Alexander Lukashenko foi organizada no maior secretismo, face à turbulência vivida na Bielorrússia.
O presidente prestou juramento com a mão sobre a Constituição, que aliás diz pretender alterar para apaziguar os ânimos.
Seja como for, Lukashenko acabou de assumir um muito controverso sexto mandato que, garante, arrecadou com 80% dos votos a 9 de agosto, resultado fortemente contestado pelos opositores.
À cabeça do braço de ferro está Svetlana Tikhanovskaïa, forçada ao exílio.
Todos os domingos há dezenas de milhares de pessoas nas ruas de Minsk a denunciar fraude eleitoral por parte do homem que concentra o poder desde 1994, entre cenas de repressão violenta e detenções sucessivas de manifestantes e figuras de proa da oposição.