Manifestações foram dispersadas com canhões de água e foram detidas mais de cem pessoas. Ocidente denuncia "ilegitimidade" do presidente bielorrusso
Milhares de pessoas sairam à rua em Minsk e noutras cidades bielorrussas para protestar contra a investidura inesperada do presidente Alexandre Lukashenko para um novo mandato.
Segundo a ONG Viasna, foram realizadas mais de uma centena de detenções de opositores, a maioria na capital, durante os protestos, violentamente dispersados pelas forças de segurança.
Dos Estados Unidos à Alemanha, vários países ocidentais reagiram declarando "não reconhecer" o chefe de Estado bielorrusso, por falta de "legitimidade democrática".
Durante a manhã, o cortejo presidencial tinha desfilado a grande velocidade pela artéria principal de Minsk, fechada ao público e rodeada de um forte dispositivo de segurança.
Num acontecimento inédito, a cerimónia de investidura de Lukashenko só foi anunciada esta quarta-feira pela agência de imprensa do regime depois de estar terminada.
O presidente, que lidera o país com mão de ferro desde 1994, acusa o Ocidente de orquestrar o movimento de contestação que se prolonga desde as eleições de 9 de agosto.