Grupo de Visegrado sem entusiasmo pelo pacto para migração

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De  Isabel Marques da SilvaJack Parrock
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O pacto será apreciado em detalhe por todos os governos da União Europeia numa reunião ao nível dos ministros da Administração Interna, em outubro.

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O novo pacto para a migração e asilo proposto pela Comissão Europeia não convenceu os líderes de alguns dos Estados-membros da União que mais se opõem a esta política, conhecidos pelo grupo de Visegrado, que estiveram, quinta-feira, em Bruxelas.

"A abordagem de base ainda não mudou porque a Comissão Europeia propõe gerir a migração em vez de travar a migração. A posição da Hungria é parem os migrantes", disse Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, em conferência de imprensa.

Duas semanas após a destruição do campo de refugiados de Moria, na Grécia, o executivo comunitário propôs um sistema flexível para fazer um processamento mais rápido e humano dos pedidos dos requerentes de asilo e dos migrantes económicos. Tal deverá ser feito fora das fronteiras da união, defendem estes países.

"Precisamos realmente de ter centros de processamento fora da Europa. Devemos negociar com os países do norte de África e elaborar uma estratégia de longo prazo para a Síria e a Líbia", afirmou Andrej Babiš, primeiro-ministro da República Checa.

Mas os conflitos nestes dois países estão longe do fim.  No caso da Líbia, organizações não-governamentais e agências da ONU alertam para as graves violações dos direitos humanos em centros de detenção aos quais não têm acesso quaisquer organizações internacionais.

"Temos conhecimento detalhado de violações horríveis dos direitos humanos, tais como detenções arbitrárias, homicídios, tortura, violência sexual, exploração do trabalho de migrantes. Temos explicado que essa situação está ligada às políticas europeias de migração que há anos deixam pessoas encurraladas nesse país", disse Matteo de Bellis, investisgador da Amnistia Internacional.

O pacto será apreciado em detalhe por todos os governos da União Europeia numa reunião ao nível dos ministros da Administração Interna, em outubro.

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