França e Reino Unido dão conta de taxas de infeção com Covid-19 alarmantes desde o início da pandemia.
Entre palmas e assobios, Madrid estendeu as restrições de mobilidade a oito novas áreas da capital espanhola, esta sexta-feira. Para Governo todo o cuidado é pouco e por isso multiplicam-se os apelos às autoridades locais para alargar o confinamento na cidade de modo a deter o avanço da Covid-19.
"Propomos estender o confinamento a toda a cidade de Madrid e aos municípios com incidências acumuladas superiores a 500 casos por cem mil habitantes nos últimos 14 dias bem como aplicar o conjunto de medidas que a comunidade de Madrid decidiu aplicar a algumas áreas sanitárias", disse, em conferência de imprensa, o ministro espanhol da Saúde, Salvador Illa.
As restrições polémicas, que continuam a penalizar as áreas mais pobres de Madrid, provocaram uma semana intensa de protestos de habitantes e comerciantes revoltados, o que se traduziu numa dúzia de detenções e em vários feridos.
Os protestos também se fizeram ouvir na cidade francesa de Marselha, onde centenas de proprietários de bares e restaurantes de juntaram contra o encerramento dos espaços a partir de sábado. Temem que esta decisão os empurre para o fecho definitivo de portas.
"À data de hoje não recebo um único tostão. Tenho créditos bancários. Sou pai e tenho uma renda para pagar porque não tenho a possibilidade de ser proprietário. Há sete meses que estou a recorrer às minhas economias para poder ter a cabeça à tona. Só queremos ser ouvidos. Como espaços noturnos temos a impressão de ser negligenciados pela sociedade", sublinhou o proprietário de um espaço noturno, em protesto.
No Reino Unido, bares e pubs estão a ser igualmente castigados pelas restrições porque agora têm de fechar às 22h00.
Quer França quer o Reino Unido dão conta de taxas de infeção com Covid-19 alarmantes desde o início da pandemia.
Os estudantes que regressaram à universidade, quer na Escócia quer na Suíça, agravaram o problema. Centenas de estudantes tiveram de se auto isolar nos dois territórios depois de muitos testarem positivo à Covid-19 na sequência de comemorações de abertura do novo ano letivo.