Chipre põe fim a programa de "vistos dourados"

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Decisão foi tomada na sequência de escândalo envolvendo o presidente do Parlamento cipriota

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O governo de Chipre anunciou o fim do programa Cidadania por Investimento, os chamados "vistos dourados", depois de ser revelado o envolvimento do presidente do Parlamento cipriota num escândalo de venda de passaportes a investidores estrangeiros com antecedentes criminais, possibilitando-lhes assim a liberdade de movimentos na União Europeia.

O porta-voz do governo, Kyriakos Kousios, explicou que a decisão foi resultado de uma proposta dos ministros do Interior e das Finanças, face à constatação do "uso abusivo do programa".

O escândalo foi revelado pela televisão Al Jazeera, que publicou um vídeo onde o presidente do Parlamento, Dimitris Siluris se reunia com jornalistas com câmaras ocultas que se faziam passar por representantes de um investidor. Siluris diz que a situação foi "encenada e fragmentada" e decidiu afastar-se de funções enquanto decorre uma investigação.

A Comissão Europeia disse estar a seguir os acontecimentos e a estudar se deve avançar com eventuais sanções contra Chipre.

Christian Wigand, porta-voz da Comissão Europeia:"A presidente von der Leyen foi clara, ao dizer que os valores europeus não estão à venda. A Comissão tem manifestado frequentemente sérias preocupações com os esquemas de Cidadania por Investimento, directamente junto das autoridades cipriotas. A Comissão está actualmente a analisar a conformidade do esquema cipriota com a legislação da UE, tendo em vista um possível procedimento de infracção."

A Al Jazeera já tinha publicado em agosto uma investigação jornalística denominada "The Cyprus Papers" na qual identificava vários indivíduos que obtiveram cidadania cipriota através do programa Cidadania por Investimento, apesar de terem sido condenados ou fugirem à Justiça noutros países.

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