Portugal e Alemanha registam novos recordes diários de contágios; França institui recolhimento obrigatóirio em nove metrópoles.
Novo recorde na Alemanha
A Alemanha registou um recorde de casos diários confirmados de coronavírus, esta quinta-feira, ao registar mais 6,638 contágios, elevando o total de infeções para as 341,223. No dia anterior registaram-se 5,132 casos. Os dados foram publicados pelo Instituto Robert Koch.
O anterior recorde de contágios diários datava de 28 de março quando foram anunciados 6294 casos. No país, tido como exemplo no combate à Covid-19, foram também registados mais 33 óbitos elevando o total para os 9710.
Esta segunda onda da epidemia levou o governo a adotar novas medidas, mais rígidas. A chanceler Angela Merkel diz que "o mais importante é que todos façam o seu papel nesta fase crítica e crucial e por isso pede a todos os cidadãos que respeitem as regras, pois render-se ao vírus está fora de questão".
Recolher obrigatório em França
As novas regras incluem o fecho de bares e restaurantes em zonas de risco elevado e limitar os ajuntamentos privados a dez pessoas de, no máximo, duas famílias. Em França, o governo quer também limitar os ajuntamentos, mas vai ainda mais longe: O presidente Emmanuel Macron anunciou um recolher obrigatório na Grande Paris e na área de oito outras cidades (Lille, Grenoble, Lyon, Aix/Marselha, Montpellier, Rouen, Toulouse e Saint-Etienne) entre as 21h e as 6h.
Macron explica que "não se trata de uma interdição de circular nestes horários, mas de uma rígida limitação às deslocações por bons motivos. A partir das 21 horas, deixa de ser possível ir ao restaurante, a casa dos amigos ou divertir-se, porque é nessas situações que acontece a maioria dos contágios".
Portugal: Estado de calamidade
Em Portugal, o governo voltou a instaurar o Estado de Calamidade, depois de ter registado, pela primeira vez, mais de dois mil novos casos. Ficam proibidos os ajuntamentos de mais de cinco pessoas nos locais públicos e de mais de 50 em eventos familiares... Mais polémica é a proposta de lei que o governo entregou na Assembleia e pretende tornar obrigatória a instalação da aplicação StayAway Covid por quem tenha um smartphone compatível, com multas que podem ir até aos 500 euros.