O prémio Sakharov para a liberdade de consciência, no valor de 50 mil euros, foi instaurado em 1988 e conta, entre os seus laureados, com o resistente contra o Apartheid na África do Sul Nelson Mandela (1988) ou o lutador pela independência de Timor-Leste Xanana Gusmão (1999).
A oposição democrática na Bielorrússia é a vencedora do prémio Sakharov 2020, atribuído anualmente pelo Parlamento Europeu (PE).
A oposição da antiga república soviética é representada pela figura do Conselho de Coordenação, uma plataforma que junta figuras da sociedade civil e personalidades políticas como Svetlana Tikhanouskaia, a adversária eleitoral do Presidente Aleksander Lukashenko.
O anúncio foi proferido pelo Presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, "Quero congratular os representantes da oposição bielorrussa pela coragem, pela resiliência e determinação. Eles encarnam a defesa diária da liberdade de pensamento e expressão, aquilo que o prémio Sakharov recompensa.
Entre os candidatos a receber este prémio estava, para além da oposição democrática na Bielorrússia, o arcebispo de Mossul (Síria), ativistas ambientais hondurenhos e dos direitos LGBTI polacos.
O prémio Sakharov para a liberdade de consciência, no valor de 50 mil euros, foi instaurado em 1988 e conta, entre os seus laureados, com o resistente contra o Apartheid na África do Sul Nelson Mandela (1988), o lutador pela independência de Timor-Leste Xanana Gusmão (1999) e o bispo emérito de Lubando Zacarias Kamwenho pelos esforços de paz em Angola (2001).
Em 2019, foi atribuído a Ilham Tohti, defensor dos direitos humanos uigur, professor de economia e defensor dos direitos da minoria uigur na China.
O prémio recebeu o nome do cientista soviético, dissidente e laureado com o Prémio Nobel da Paz, Andrei Sakharov (1921-1989).