Vida noturna de Madrid em risco

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Bares adaptam-se às novas restrições para continuar o negócio.

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Depois de servir bebidas durante duas décadas, o bar "Scalas" de Miguel Garcia está agora quase vazio devido à pandemia de COVID-19. Fica um dos bairros mais afastados do centro da capital espanhola e assistiu a uma queda da clientela entre os 25 e os 50 anos de 90%.

A nova legislação de Madrid permite agora que estes bares sirvam comida. Miguel já comprou um micro-ondas, um frigorífico e uma máquina de cachorros. Apesar do novo serviço, a situação não é fácil.

Existem cerca de 1.600 locais de diversão noturna na cidade de Madrid, que agora devem encerrar às 23h. Antonio Extremera já tem licença para servir comida - só teve de se adaptar aos novos horários de encerramento. Decidiu prolongar o horário diurno na esperança de ganhar mais dinheiro - embora perceba a falta de clientes**: “Temos de fazer um a previsão da quantidade de stock necessária porque se não vendermos, estraga-se. Começamos com uma oferta de três pratos e aumentamos o menu quando for necessário”.**

A principal organização de empresários da noite de Madrid espera que a medida sirva para conter a perda de postos de trabalho. Mas, ao contrário de outros países da UE, onde o dinheiro doado para ajudar as empresas a sobreviver durante a pandemia não é reembolsado - a situação é diferente em Espanha. O setor estima perdas no valor de 1,6 mil milhões de euros este ano.

A nova lei é essencial para que a vida noturna madrilena continue viva após a pandemia. Segundo a "España de Noche", a principal associação empresarial do setor, mais de 80% dos locais de diversão noturna podem desaparecer antes do Natal devido a restrições.
CARLOS MARLASCA
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